Sabe, creio que em cada viagem, nós fazemos descobertas, seja sobre nós mesmos, seja sobre as pessoas que nos acompanharam.
Às vezes conhecemos pessoas diferentes. Com algumas, simpatizamos de primeira, com outras, nem de segunda nem de terceira. Engolimos alguns sapos, mas também dizemos bobagens a beça. O melhor de estar em outro país é que não interessa o que você faça ou quanta vergonha você passe, você é estrangeiro, sempre terá aquela manha do: “Ah, me desculpe, não sou daqui...”. Isso é fato.
Voltar para casa, acaba se tornando algo estranho porque sabemos que quinze dias passamos longe daqui, mas isso não parece real. E daí, quando vamos ver as fotos e provar a nós mesmos que foi, ao olhar para elas parece que tudo aquilo aconteceu há muito tempo. É sinistro!
Às vezes eu queria poder voltar e viver tudo de novo como se fosse a primeira vez. Ser surpreendida como se nunca tivesse sido antes, dizer novamente o que já havia dito, rir, tirar fotos, enfim, ter a mesma sensação duas vezes.
É incrível como isso funciona. Nosso cérebro pode nos fazer sentir tri felizes em um momento e do nada a gente acha que a vida é uma droga. Ele parece até mesmo o Mestre dos Magos de vez em quando, mas acho que não é por mal, ele só quer nos deixar escolher nossos próprios caminhos.
Tudo isso é muito estranho e difícil de acreditar, mas pelo menos é um momento mágico, que vale a pena.