sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Recente Para Sempre...

E que os raios de sol reflitam em meu rosto
As lágrimas que agora escorrem por minha pele
E que não se atreva a deixar marcas
Pois se não terei sempre que responder com palavras já traçadas

"São marcas de um amor vivido
Agora passado, não esquecido
Mas valorizado e envelhecido
Marcas de uma vida contente
Alegre, não carente
Mas que se perpetua no presente"


domingo, 23 de setembro de 2012

Uma volta por aí...


            Em pleno feriado, então, você decide sair para comprar alguns materiais para fazer um trabalho escolar. Sai a caminhar até o centro da sua cidade, algo que você não fazia há anos e observa algumas cenas interessantes.
            Logo na primeira esquina você escuta uma propaganda de um minimercado qualquer da região. O som é realmente alto atrás de você e se aproxima cada vez mais de onde você se encontra. Pensa na possibilidade de ser um carro grande a divulgar aquela propaganda a tal volume, e tem a infeliz decisão e virar para ver o que realmente está acontecendo. Tudo que você enxerga é um fusca laranja (sim, um fusca e sim, laranja), com uma enorme e relutante caixa de som sobre seu teto, o qual está dobrando a rua.
            Volta a caminhar e por volta de trinta minutos nada significativo acontece. Acaba descobrindo que a sua prefeitura não fora pintada por inteiro, você vê uma menina utilizando um cartão telefônico num orelhão e descobre algumas lojas novas que abriram nos últimos meses. Até que com toda aquela função de atravessar a rua aqui, atravessar a rua ali, em uma dessas faixas de segurança você se depara com um personagem de um filme da DreamWorks. Você realmente não vê sentido nenhum naquilo, muito menos nos cinco dígitos que ele carrega nas mãos. Então uma pessoa lhe lembra que é ano eleitoral e que cinco dígitos seria para se votar em um vereador. Você ri da situação e míseros segundos depois, pasmem, lhe entregam um panfleto com uma foto do personagem ao lado da do candidato e, o mais incrível, nem a aparência nem o nome do candidato se compara ao do personagem. Agora sim, tudo faz sentido, não?!
            Mas enfim, que quero com tudo isso? Lembro-me que é estranho andar por ruas há muito não circuladas e apavorante perceber que nada mudou. Como pode os anos não alterarem alguns modos de vida, jeitos de ser ou, modos de se portar?! Alteraram apenas um pouco da estética, só que deixou a essência intocada, quase incorrigível. O sentido da humanidade sempre pensei ser a mudança, a novidade. Alguns sociólogos creem que usar o termo “evolução” não está correto pois assim estaríamos comparando diferentes sociedades e povos. Mas por que um povo não pode, digamos, não evoluir, mas, mudar sua essência? Simplesmente começar a ser diferente do que um dia já foi.
            A vida carece de mudança. Cair na rotina, como dizem, é algo não muito desejado por ninguém, só que o detalhe é que às vezes já estamos nela e nem ao menos percebemos. Concordemos que tradição é fazer algo porque aquilo é importante e transmite certo sentimento à você, mas esquecer de trazer emoção à sua vida, é bem destoante.