sábado, 31 de dezembro de 2011

Diferenciar...

Parece que há uma certa facilidade em confundirmos certos sentimentos. Confundimos amor com amizade, ironia com realidade, satisfação com felicidade. Às vezes no simples fato de uma pessoa se mostrar disponível, se mostrar de certa forma querida e disposta a ajudar, temos a impressão que isso possa se desenrolar em uma história de amor. Acredito que é possível sim, mas e se não for, não custa nada apostarmos numa forte amizade. Mas aquela amizade que um realmente se importa com o outro. Que brincadeiras são feitas, mas nenhuma mágoa é cultivada. Uma amizade em que um simples abraço represente mil palavras de consolação e um simples sorriso represente mais mil palavras de agradecimento.




                  Como distinguir ironia de realidade é realmente complicado. Uma entonação um pouco diferente e pronto, a briga está feita. Brigamos por motivos tão estúpidos que é quase impossível acreditarmos no que realmente ocorreu. Ironia nem sempre funciona quando queremos nem por que queremos, mas às vezes ela fere, até mesmo de um modo ainda mais doloroso do que se a realidade fosse dita de primeira. No momento que ironizamos algo, abrimos caminho para que a imaginação da pessoa que a ouvir crie uma representação daquilo que queríamos dizer, e acredite, a imaginação pode ser muito cruel.

                  Quando pensamos em felicidade, geralmente vem a nossa mente a imagem de uma pessoa sorrindo. Essa imagem é diferente de uma pessoa apenas satisfeita. Só que o estranho na sociedade é que ela acaba se contentando com pouco. Parece que no momento em que ela alcança certa satisfação, ela para de correr atrás só que esquece o que verdadeiramente é felicidade.  Parem de se contentar, é um pouco irritante sair por aí e ouvir: “Não é aquilo que eu queria, mas ah, tá bom assim, é muita mão continuar...”. Parem com essa ideia de desistir quando falta tão pouco para se chegar onde se deseja. Afinal, você não quer chegar ao fim ainda com aquela dúvida: "Será que teria sido diferente?"

                  Amor é se importar, é proteger, é jamais esquecer. Amizade, é ter alguém lá pra te apoiar, mesmo sendo a situação mais maluca em que você já se meteu, é saber que tem alguém com quem compartilhar o passado. Ironia é um jeito diferente de se olhar para o mundo, é interessante confesso, mas tem que saber usá-la. Realidade, bom, realidade é toda essa mistura de sentimentos, decisões, relacionamentos e acontecimentos com a qual jamais nos acostumaremos, apenas aprenderemos a lidar. Satisfação é quando conquistamos algo, mas sabemos que algo a mais pode ser feito. E felicidade, é o simples fato de poder olhar em volta, em todas as direções, e ter certeza que estamos exatamente onde deveríamos estar.
 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Simples Datas...


            Lembrar o verdadeiro significado do Natal. É o que todos dizem por aí, mas sabe, Natal não tem um significado único. Para cada pessoa ele tem um valor diferente. Se perguntarmos à uma criança, ela dirá que é o dia de abrir os presentes. Se perguntarmos à um religioso, este dirá que é o dia de celebrar o nascimento de Cristo. Mas pergunte a um pai de família já aposentado, e este dirá que é o dia de reunir a família.
           É impossível defini-lo como a melhor data do ano, pois certamente não será, mas é exatamente um dia para lembrarmos do que aconteceu durante os outros 365 que envolvem nossa vida que a faz valer a pena. É um dia para ficarmos à vontade, falar besteira, comer todo tipo de doce que não se come todo dia, reassistir pela centésima vez aqueles desenhos natalinos da Disney e matar a saudade das pessoas queridas que moram distante.
            O Ano Novo também não é muito diferente. É no último dia do ano que começamos a festejar o novo que virá. Fazemos planos, pulamos em um pé só, tomamos lentilha, enfim, realizamos todas aquelas simpatias que dizem dar sorte. Porém, meus caros, lembre-se que nem todas as pessoas comemoram esse dia. Há pessoas com motivos para não fazê-lo, então, se você apenas não pôde ir para a praia comemorar, deixe para lá e veja o que você pode ainda fazer.
            Gritem, cantem, dancem, renovem as energias, pois em menos de meses, começará tudo de novo e não esqueçam de fazer do outro ano o melhor de suas vidas. Se superem, não esperem que alguém os passe para correrem atrás do lucro. Então, quando novamente se passarem 12 meses, olhem para trás e digam: “Foi bom ter vivido, mas não queria que se repetisse...”

 

sábado, 17 de dezembro de 2011

É um ciclo sem fim...


             Brigas e reconciliações, amadurecimento e superações, lágrimas e  divertimento. Assim chegamos ao fim de mais um ano. Acredito que seja um pouco indescritível dizer o que realmente se passou porque parece que nada aconteceu de tão rápido que terminou, mas quando avaliamos o trabalho feito, não há dúvidas de que muito realizamos nestes meses de 2011.
     Não interessa de que modo, não existe um porquê, mas todos amadurecemos. De uma forma ou outra, aprendemos a dar valor aos pequenos e simples momentos que ocorrem e também a suportar algumas situações que não julgamos agradáveis. Aprendemos que “nada foi tão ruim que não possa ser superado; e nada foi tão bom que não possa ser repetido”. Aprendemos a sorrir por motivos bobos, chorar por motivos não tão bobos, mas, acima de tudo, que a vida não é nada além daquilo que a gente decidir fazer dela.
    Pessoas marcantes entraram e saíram de nosso cotidiano. Será tão estranho, em 2012, caminhar por aqueles corredores já tão conhecidos, entrar em forma nos dispositivos já marcados e não ver rostos que costumavam fazer parte da rotina de 2011. Amizades se eternizaram, outras terminaram. Corações se partiram, outros cicatrizaram. Algumas pessoas fecharam o ano com uma sensação de missão cumprida, mas outras, com o desejo de que pudessem ter feito tudo diferente. Mas, sabe, às vezes as pessoas precisam de mais tempo, precisam de uma segunda chance para perceber o que realmente importa.
De tudo, caros amigos, só tenho a agradecer a vocês por terem feito esse ano tão diferente, intenso e tão incomparável. Obrigada por todas as risadas no galpão do colégio, pelas lágrimas companheiras em fim de trimestrais e até mesmo por aqueles xingamentos durante as faxinas, porque estávamos conversando demais. Enfim, simplesmente obrigada, pois sei que em algum momento, precisei de vocês.     

















"Desde o dia em que ao mundo chegamos
Caminhamos ao rumo do sol
Há mais coisas pra ver
mais que a imaginação
muito mais que o tempo permitir
E são tantos caminhos pra se seguir
e lugares pra se descobrir
e o sol a girar sobre o azul deste céu
nos mantém neste rio a fluir
É o Ciclo Sem Fim
Que nos guiará
a dor e a emoção

pela fé e o amor
até encontrar o nosso caminho"