terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O que pode ser chamado de fim...

         É estranho pensar que dedicamos tantos anos de nossa história entre as paredes de algumas instituições, mas que escolhemos apenas uma para nos acolher no tão esperado ano.
       Pensando em todas as possibilidades de por que geralmente o terceiro ano é o mais lembrado por todos, só consegui chegar a uma conclusão. É durante as últimas férias escolas, mais precisamente nos últimos dois dias da mesma, que cada indivíduo por si só percebe a importância dos meses que estão por vim. 1º: Passar de ano, lógico. 2º: Ter a capacidade de escolher um curso para prestar no vestibular. 3º: Estudar para esse exame submetido a todos que pretendem fazer um curso superior. 4º: Psicologicamente, seria nossa última oportunidade de aproveitar a juventude sem maiores preocupações da vida adulta, mesmo que muitos não tenham 18 anos e mesmo que alguns já tenham. Como 5º aspecto importante? Em que outro universo poderemos ver todas as manhãs os sorrisos que faziam o 'levantar da cama tão cedo' valer a pena?
         Parece que quando as aulas começam, diga-se do ano mais incrível de nossas vidas, s, alunos, sentimos uma necessidade extrema de suprir cada segundo não aproveitado no passado. Cada segundo gasto numa reclamação ou numa discussão que até hoje nem ao menos lembramos do motivo de ter ocorrido. Em breve os cadernos serão história e a farda eternizada nas fotos. A plaqueta e a boina serão conservadas e aqueles que nunca gostaram da escola, talvez comecem a pensar no que foi bom o suficiente para ser guardado.
       Dificilmente o sentimento que reside nessa história se repetirá, mas não há nada melhor que ter feito parte de tantas vidas e saber que continuará fazendo nem seja por apenas um tempo, é só se permitir. Aliás, sem querer assustar, o início do fim se aproxima.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

De volta ao que parece um passado antigo...

    Às vezes, numa viagem, você acorda com uma vontade tremenda de voltar para casa. Surge uma imensa saudade de ganhar aquele abraço apertado, de frequentar aquele quarto familiar e de sentir um cheiro conhecido. O mais estranho de tudo é perceber que quando deitamos a cabeça no travesseiro à noite, toda essa melancolia passou.
    Passar 26 dias inteiros com pessoas que antes dos mesmos eram apenas desconhecidas pode ser surpreendente. Durante o tempo em que passamos juntas, de certa forma aprendemos outro sotaque e aprendemos a não julgar alguém por nada. É como se passássemos a conhecer 15 anos de uma história complexa e, ao mesmo tempo, começássemos a fazer parte dela.
    Já no primeiro dia de convivência nós nos permitimos ter paciência e coragem de nos deixar gostar. Percebemos que chegar alguns minutos atrasados, em Londres, é perder a melhor peça de teatro num palco tão simples, é não comer as batatas fritas no final do almoço e não poder tomar um banho quente ao voltar para casa. Nós percebemos que algumas manias de certas pessoas nos irritam profundamente, mas que a gente tem que se acostumar, assim como a pessoa o fará com os nossos vícios que talvez possam a tirar do sério. 
      Foram durante os 26 dias que criamos um laço diferente. Primeiramente pensamos que teríamos que fazer uma amizade forçada pela convivência incentivada na viagem, todavia começamos de uma forma única: jogando poker no chão de um aeroporto movimentado e, daquela roda em que estávamos, já saímos com apelidos e planos de nos vermos num futuro quando de volta ao Brasil. Foi uma afinidade muito rápida que criamos, eu diria, mas que nunca deu tão certo.
       De tudo, o que eu penso é que nós tivemos uma oportunidade única de vivermos muitos anos e visitarmos muitos séculos em apenas alguns dias. Foi incrível, divertido, mágico ou qualquer outra palavra superior que você queira usar para descrever um momento que, de alguma forma, você sabe que fará muita, mas muita falta. E digo mais: FOI legal!