sábado, 16 de abril de 2011

Colégio Tiradentes...

Estudar no Colégio Tiradentes, não é apenas ter que usar farda, arrumar o cabelo e saber marchar. Estudar lá é saber respeitar a todos, e não apenas por causa da hierarquia, é adquirir o costume de chamar a todos de senhor e senhora, mesmo que a pessoa seja mais nova que você, é almoçar no galpão da escola pelo menos duas vezes por semana e ter consciência do que se está fazendo. Estudar lá é saber aproveitar a vida ao máximo, é rir sem motivo e se segurar para não fazer isso em forma, é já entrar com o apelido de Smurf e com vontade de ser o melhor deles.
A cada formatura que participamos, nos emocionamos e torcemos para que ao final ela seja perfeita. Nós entramos no colégio no primeiro ano do Ensino Médio, ou seja, temos pela frente ainda três anos de escola, mas já nos primeiros dias, quando a paixão pelo colégio aumenta, ficamos com uma pontada de tristeza por causa disso, pois o tempo corre e três anos passam muito rápido. Quando ingressamos, nós somos primeiros anistas, temos que aprender como tudo por lá funciona, temos que recuperar a matéria que talvez tenha sido mais fraca da escola que viemos, temos que limpar a escola e nos prepararmos para os primeiros eventos militares aos quais somos voluntários a participar. No ano seguinte, nos tornamos veteranos, começamos a receber as queridas continências e retribuímos com o maior prazer. Nesse tempo, já pegamos as manhas da escola, já cativamos e fomos cativados, já usamos a farda desde o primeiro dia letivo, um ano sem muitas novidades. Até que chegamos ao terceiro ano, um ano especial, mas de muitas lágrimas e lembranças, começamos a pensar que cada dia é o último, afinal, jamais teremos um primeiro dia de aula novamente, comemoraremos nosso último aniversário do colégio e desfilares pela última vez no 7 de setembro.
Durante o primeiro ano, passamos pelos momentos mais inesquecíveis do colégio. Começamos na semana de adaptação, quando conhecemos nossa turma, uma turma formada pelas pessoas mais malucas e divertidas que conheceremos, que sabem como se defender e na qual um ajuda e respeita o outro. Cada turma possui seu grito de guerra e se orgulha quando ninguém recebe uma alteração no temido CAL. É nessa semana que conhecemos nossos comandantes e começamos com eles uma amizade eterna, afinal, são eles que nos ajudam em qualquer situação que precisamos, eles nos conquistam de um jeito que só eles sabem e acabam se tornando as pessoas para as quais prestamos continência não porque devemos, mas porque realmente achamos que eles merecem recebê-la.
Entrega das boinas?! Simplesmente uma solenidade inesquecível e uma das mais importantes que participamos. Neste dia, queremos que tudo seja perfeito, que o dia esteja bonito, que todos os convidados compareçam e que o nosso passo esteja na cadência correta. Pode ser que uma chuva comece a cair, mas com a ajuda dos amigos ela se torna insignificante e a formatura fica linda e com ainda mais recordações. Correndo na chuva, em direção ao ginásio, gritos para ficarmos em silêncio, todos cuidando para não sujarem as roupas e, por incrível que pareça, acertamos todos os dispositivos. Pode ser que a luz falte e o som não funcione, mas usamos a imaginação para tentarmos descobrir o que estão discursando. Bradamos o juramento como uma promessa que estamos dispostos a cumprir e cantamos o Hino Rio-Grandense com todo o amor que habita em nossos corações.
 Ao final, milhares de fotos são tiradas, e recebemos ali os melhores abraços de nossas vidas. Uma etapa já cumprida, uma dificuldade já superada, uma data para ser recordada. Nesse momento, para qualquer lado que olhávamos, víamos sorrisos e lágrimas. Sorrisos, obviamente de alegria e lágrimas, de orgulho.

“ O céu nos presenteando com chuva,
a banda começando a tocar,
as palmas já atingem nossos ouvidos,
começamos assim a marchar
e o nome Tiradentes pra sempre vamos levar...”

terça-feira, 5 de abril de 2011

Tudo...


  Nossa, tenho que contar uma coisa, curta, rápida e não deixa de ser uma boa notícia... Estou apaixonada! Por quem? Talvez por alguém em especial, mas estou aqui agora pra falar da minha paixão pela minha vida, por tudo aquilo que me cerca. Pelas melodias, pelas cores, pelos sentimentos, pelas palavras...
     Tem músicas que me inspiram e mexem com meu humor. Nessa semana, ouvi milhares de músicas que jamais imaginei existir, mas que me cativaram rapidamente. Todas elas transmitem uma única mensagem, amor. Ouvi músicas de 20 anos atrás, algumas internacionais, outras nacionais. Fiquei pensando, amor definitivamente não é um assunto recente, ele não é uma virtude apenas das músicas atuais, e acho que as melhores são realmente as antigas, porque elas o retratam de um jeito sutil, de um jeito delicado, ou melhor, de um jeito romântico.
     Elas retratam esse sentimento único como se ele fosse algo raro, não como uma jóia, porque jóias se negociam, se vendem, se compram... Mas sim como o sentimento mais querido do mundo. Com o amor, aprendemos a ter paciência e vencer a vergonha, temos que saber conquistá-lo, saber cuidá-lo. Às vezes ele faz testes e podemos até falhar, mas são essas falhas que fazem a gente se apaixonar por pessoas diferentes. Os defeitos são os responsáveis pela diferenciação de uma pessoa da outra e faz de cada um, um ser único e insubstituível. Jamais conseguiremos substituir alguém que deixou de fazer parte de nossa vida (não interessa o motivo), jamais encontraremos alguém com o mesmo olhar, com o mesmo sorriso, com as mesmas manias. Semelhanças existem evidentemente, mas não iguarias.
     Amor a vida é simplesmente deixá-la ser, não ter medo de desafios, não ter medo de se aventurar pelo mundo apenas com uma mochila nas costas. É saber curtir os momentos mais chatos e irritantes fazendo-os serem algo que vale a pena vivenciar, que vale apenas relembrar. Por que não tentar, por que não arriscar? Tudo que passamos, apenas faz com que a vida seja cada vez mais diferente e cada história que temos pra contar sobre ela, é uma experiência única que apenas nós tivemos e devemos nos orgulhar disso, pois isso significa que somos quem somos e nossa história não é igual a de ninguém.

“Para que levar a vida tão a sério se ela é uma incansável batalha da qual jamais sairemos vivos?!” Bob Marley.