Vejo por aí que muita gente critica John Green de uma forma bem intensa, alegando que seus livros são previsíveis, muito "água com açúcar", puros demais para o cotidiano que encontramos fora daquelas páginas. Sabe, admiro John Green muito antes de os rumores sobre o lançamento de um filme com base no seu livro começar. Minha primeira dose se deu com "A Culpa é das Estrelas" confesso, que logo seguiu para "Cidades de Papel", "Quem é você, Alasca?", "O Teorema Katherine" e, por fim, "Will Grayson, Will Grayson", o qual é uma parceria de John Green com David Levithan, na verdade.
Não foi difícil me apaixonar por cada personagem e logo me acostumar com a escrita de John Green. Cada metáfora, cada ironia, cada passo que quase podia sentir no chão à minha frente. Cada Mountain Dew bebido por seus personagens em todos os livros, despertaram em seus leitores a sua devoção. Muitos criticam isso também, que ele induz as pessoas a acreditarem nas suas teorias mais diversas, mas, ora, perdoem-me: ele apenas faz você ter curiosidade e refletir sobre elas.

Tudo bem que há momentos que não temos como sanar essa questão, como a espera do listão de vestibular em que o sim e o não são inerentes, mas tem situações que a gente pode sim abrir a caixa com nossas próprias mãos e ver o que acontece. Também concordo que uma faca de dois gumes um dia acaba por te fazer sangrar, mas viver naquele sim e não simultâneo não é uma boa forma de te privar de um momento que pode ser bom simplesmente com a suposição de que ele possa vir a não ser.
É só mais uma caixa, é só mais uma probabilidade, então por que não abrir e ver que o gato pode estar vivo?