Em pleno feriado, então, você decide
sair para comprar alguns materiais para fazer um trabalho escolar. Sai a
caminhar até o centro da sua cidade, algo que você não fazia há anos e observa algumas
cenas interessantes.
Logo na primeira esquina você escuta
uma propaganda de um minimercado qualquer da região. O som é realmente alto
atrás de você e se aproxima cada vez mais de onde você se encontra. Pensa na
possibilidade de ser um carro grande a divulgar aquela propaganda a tal volume,
e tem a infeliz decisão e virar para ver o que realmente está acontecendo. Tudo
que você enxerga é um fusca laranja (sim, um fusca e sim, laranja), com uma
enorme e relutante caixa de som sobre seu teto, o qual está dobrando a rua.
Volta a caminhar e por volta de
trinta minutos nada significativo acontece. Acaba descobrindo que a sua
prefeitura não fora pintada por inteiro, você vê uma menina utilizando um
cartão telefônico num orelhão e descobre algumas lojas novas que abriram nos
últimos meses. Até que com toda aquela função de atravessar a rua aqui,
atravessar a rua ali, em uma dessas faixas de segurança você se depara com um
personagem de um filme da DreamWorks. Você realmente não vê sentido nenhum
naquilo, muito menos nos cinco dígitos que ele carrega nas mãos. Então uma
pessoa lhe lembra que é ano eleitoral e que cinco dígitos seria para se votar
em um vereador. Você ri da situação e míseros segundos depois, pasmem, lhe
entregam um panfleto com uma foto do personagem ao lado da do candidato e, o
mais incrível, nem a aparência nem o nome do candidato se compara ao do
personagem. Agora sim, tudo faz sentido, não?!
Mas enfim, que quero com tudo isso?
Lembro-me que é estranho andar por ruas há muito não circuladas e apavorante
perceber que nada mudou. Como pode os anos não alterarem alguns modos de vida,
jeitos de ser ou, modos de se portar?! Alteraram apenas um pouco da estética,
só que deixou a essência intocada, quase incorrigível. O sentido da humanidade sempre pensei ser a mudança, a novidade. Alguns
sociólogos creem que usar o termo “evolução” não está correto pois assim
estaríamos comparando diferentes sociedades e povos. Mas por que um povo não
pode, digamos, não evoluir, mas, mudar sua essência? Simplesmente começar a ser
diferente do que um dia já foi.
A vida carece de mudança. Cair na
rotina, como dizem, é algo não muito desejado por ninguém, só que o detalhe é
que às vezes já estamos nela e nem ao menos percebemos. Concordemos que
tradição é fazer algo porque aquilo é importante e transmite certo sentimento à
você, mas esquecer de trazer emoção à sua vida, é bem destoante.
Por isto eu prefiro viver um pouquinho a cada dia xD por mais que seja difícil financeiramente e temporariamente por causa da escola que é total rotinada Dx mas eu sempre dou um jeito nem que seja por um fim de semana. xD
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