Estranho pensar que às vezes tememos demonstrar o que se passa em nossas
cabeças pelo simples fato de acharmos que está errado assim, ou seria equívoco
entrar no mar da dúvida que por ventura nos afoga. Acontece que a agonia em nós
latente, na maior parte das vezes, não provém de um limite que nos é imposto
por segundos ou terceiros, mas sim por nossa própria consciência.
Estamos constantemente elucubrando sobre nossa forma de ser
e expressar, não sendo difícil tentarmos nos apoiar em exemplos de pessoas,
livros ou filmes que nos parecem tão certos. Porém imagine que mundo
enjoativamente perfeito seria se nossas vidas fossem regidas por clichês de
filmes americanos, os quais alguns julgam ser a forma mais leve de levar a
vida. "O carinha popular esportista possui todas aos seus pés, mas se
apaixona justamente por aquela que nem olha para ele". Duvido que alguém
que acabara de ler a última frase já não sabia o que estaria escrito no término
da mesma.
Talvez esse mundo “clicheniano” teria milhares de
versões, 7 bilhões eu diria; porém, alguns fatos seriam equivalentes em todos
eles. Não teríamos que resolver problemas que não são tão complicados, apenas
carentes de alguns segundos de coragem para pormos um fim nos mesmos. Se
vivêssemos nesses clichês, as pessoas já saberiam que seriam pedidas em namoro
no dia dos namorados, a cidade de Nova Iorque ficaria abusivamente lotada no
ano novo, os ditos “nerds” do ensino médio se transformariam em cantores de
destaque de cabelo levemente jogado para o lado. Óbvio que todos nos casaríamos
numa linda praia da Califórnia e teríamos sempre reunião de família obrigatória
no natal, a qual começaria como um caos, mas terminaria numa alegre ceia.
Não digo que esses fatos não sejam de certa forma
brilhantes, realmente não ficaria chateada se alguns clichês teimassem em
acontecer. Todavia, tenho uma realização ainda a fazer: encontrar o meu próprio
clichê. Encontrar a minha própria forma de fazer algo da mesma maneira sempre e
que desse certo. Acredito que seja isso que muitos procuram tentando apenas
repetir histórias já recontadas tantas vezes ao invés de tentar aperfeiçoá-las.
Talvez um pouco de Carpe Diem e muita crítica há nestas palavras, ou não. As
palavras já não mais se importam, pelo visto, de ficarem a mercê da
interpretação humorística de cada um. Talvez por mais um clichê elas serão mal
interpretadas... ou não.
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